
Zona de desconforto e Arch Linux - Omarchy OS Log #1
🐧 Primeiro contato com Omarchy
O Linux entrou na minha vida lá na faculdade, quando percebi que rodar programas naquela IDE nada agradável do Dev-C++ não ia me levar a lugar nenhum.
Até então, meus experimentos ficaram sempre no ecossistema Debian: seguro, simples, com mínimo de dor de cabeça.
Mas no último fim de semana decidi do nada me jogar no Omarchy, uma distro mais "user friendly" baseada em Arch. Por que? Tinha uns protetores de tela legais, e meio que esse é o único motivo.
Meu primeiro contato com os famigerados tiling window managers (algo essêncial no omarchy) não foi muito bom acabei desistindo rápido depois que percebi que passava muito mais tempo configurando coisas que usando o sistema. Então o fato do Omarchy ter tudo meio que pré empacotado pesou na decisão de tentar rodar isso.
📅 Dia 0: O início do drama
Antes mesmo de usar a distro, começou o caos na hora de bootar um OS numa mídia de instalação:
- Tentei baixar a ISO de Omarchy várias vezes, mas sempre falhava no meio do processo ou corrompia.
- Quando finalmente conseguia baixar, a ISO não montava no Balena Etcher.
- Resultado: tive que pegar um PC com velho com Windows (eu usava Ubuntu) e montar o pendrive pelo Rufus.
Além disso, na versão 3.0.1, tentar instalar o OS com o layout ABNT de teclado quebrava tudo.
- Me rendi temporariamente e no dia 1 configurei o teclado via arquivos de configuração mesmo.
📅 Dia 1: Wi-Fi, teclado e caos
- Conectar no Wi-Fi foi uma leve dor de cabeça. O TUI Impala que gerencia as redes exigiu pesquisa no GitHub só para descobrir que a tecla
Tab
alterna entre dispositivos e redes. - Bluetooth do fone: conectado. Mas já fiquei nervoso só de pensar no meu segundo monitor ainda não plugado.
- Teclado ABNT: 💀 nada funcionou direito. Mas consegui mudar a configuração de teclado americano pra BR ABNT2.
- Monitores: plug & play, um milágre.
- Na instalação de ferramentas essenciais algumas vieram com o sistema outras eu instalei por conta:
- Obsidian
- DBeaver (via pacman)
- OBS
- VSCode (via AUR, queria me forçar no Neovim, mas seria suicídio)
- Docker
- NVM (via AUR)
- Bruno HTTP, o primo do interior do Postman (via AUR)
Ah, e descobri um 'erro': as janelas tem uma pequena transparência, e quando fui ver um filme não entendia a imagem do cervo aparecendo meio transparente, era o meu wallpaper... Um ajuste no lookandfeel.conf
resolveu.

📅 Dia 2: Fluxo de trabalho em teste
- Entender as workspaces do Hyprland é um pouco difícil. Não dá pra minimizar janelas, pois o conceito de minimãzar não existe nos tiling window managers, então manter um fluxo estável foi desafiador.
- Instalei o VSCode porque o Neovim estava impossível.
📅 Dia 3 a 5: Adaptação lenta
- O bug do teclado persiste, mas estou me acostumando melhor com múltiplas telas.
- Aos poucos, Omarchy deixa de ser “apenas bonito” e começa a ser funcionala, e bizarramente rápido.
🔮 Conclusão: Primeiro balanço
A primeira semana foi cheia de pequenas batalhas: Wi-Fi, Bluetooth, teclado, workspaces. Nada grave, mas suficiente para me fazer entender porque dizem que Arch não é um sistema operacional e sim uma estilo de vida.
Ainda estou longe de estar totalmente confortável, mas pretendo ficar por aqui por um tempo e explorar mais.
Até que é divertido.
Se quiser se arriscar pode ir para omarchy.org